25 de janeiro de 2008

Notícia do Jornal de Notícia: O desafio começou em Outubro, quando, depois de ter realizado alguns trabalhos na Cova da Moura, Amadora, a produtora "Até ao fim do mundo" decidiu desafiar os jovens do bairro a participar num workshop de televisão. Durante cerca de um mês, um grupo de 15 rapazes e duas raparigas, com idades entre os 20 e os 35 anos, aprendeu as técnicas de televisão. Depois, foram convidados a ir para a rua filmar o bairro pelos próprios olhos. O resultado são seis pequenos documentários, que têm entre quatro e nove minutos, e que ontem foram pela primeira vez exibidos na FNAC do Colombo. Às muitas pessoas presentes, deram a conhecer uma realidade muito diferente daquela por que o bairro é frequentemente notícia.
Notícia do Público e Diário de Notícias: Partiram quase todos na mesma semana - ontem oito, na véspera dois, na antevéspera seis. Cinco embarcam hoje em Lisboa num voo comercial regular com destino a Casablanca. Dos 23 marroquinos que em Dezembro desembarcaram na ilha da Culatra, no Algarve, restam apenas duas raparigas no território nacional. Só Rajá permanece no Espaço de Acolhimento de Estrangeiros e Apátridas/ Unidade de Santo António, no Porto, onde até há pouco estavam os 21 já deportados. Falava-se muito nela na vigília anteontem à noite promovida por uma dezena de organizações não governamentais à porta. Tornou-se numa espécie de símbolo da "desumanidade" que ali se pretendia denunciar. Conta 16 anos, está grávida "de poucos meses", ali, sozinha. O seu companheiro foi dos primeiros a partir. A outra rapariga continua à guarda da Segurança Social - à espera de uma decisão do Tribunal de Menores. O seu processo, como o de Rajá, está a ser tratado "com a Embaixada de Marrocos", adianta uma porta-voz do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

24 de janeiro de 2008

Notícia do Público, Jornal de Notícias, Diário de Notícias: Uma única faixa branca, pintada a negro, anuncia: "Ninguém é ilegal." Atrás dela, ao lado dela, vultos que protestam em silêncio contra a expulsão dos 23 marroquinos que em Dezembro deram à costa da ilha de Culatra, no Algarve. Seis embarcaram anteontem e dois ontem em voos comerciais regulares com destino a Casablanca. Só um terá já chegado a casa, em Kebetfa. Somariam umas três dezenas os activistas que ontem, pelas 19h00, se concentraram à porta do Espaço de Acolhimento de Estrangeiros e Apátridas/ Unidade de Santo António, no Porto.